




Em 2004, os integrantes da Cia Daraus foram entrevistados às vésperas da estréia da peça "The tutor", de Bertolt Brecht.
Ellen Gonçalves é a maior representante da força que é ter um grupo de teatro atuante em uma filial da Cultura Inglesa. Participante ativa da filial, Ellen fez parte das montagens anteriores de Higienópolis e , em 2003, com a chegada da Cia Daraus de Teatro (CDT), continuou firme e forte.
CDT: O que te atrai no trabalho da CIA?
Ellen: A dinâmica, a liberdade de expressão e os integrantes.
CDT: Qual sua impressão de The Tutor ao ler o texto?
Ellen: Na primeira leitura, um texto chato e embora comédia, pouco engraçado. Acredito que isso aconteceu por ser um texto de difícil compreensão. Para entendê-lo por inteiro, foi necessário alguma leituras.
CDT: Como foi, para você, o processo de montagem?
Ellen: Fantástico. Se tivéssemos mais tempo, seria ainda melhor.
CDT: O que acha do texto e da peça?
Ellen: Embora difícil, é um texto que diverte e ao mesmo tempo faz pensar, porém, a peça é cheia de simbologia, o público que a assistir precisará ficar bem atento.
CDT: Qual (s) seu (s) personagem (s)? Qual a importância deles para o espetáculo?
Ellen: Frl. Muller, Frl. Rehhar e Lise. Frl Muller faz questão de mostrar seu desprezo em relação a Lauffer. Frl. Rehhar é um pouco arrogante e disputada entre Patus e Bollwerk. Lise é uma jovem garota que a todo o momento tenta agradar e conquistar Lauffer, até mesmo quando castrado.
CDT: Como se sente nesse período próximo da estréia?
Ellen: Tranqüila, até demais, pelo menos por enquanto. Deixa chegar o dia...
CDT: O que espera da temporada?
Ellen: Que o público goste e entenda.
CDT: Qual sua relação com o teatro antes dessa montagem e qual agora?
Ellen: Já participei de grupos de teatro, inclusive da Cultura Inglesa, porém, nunca tinha feito algo do tipo, ainda mais com tantas apresentações. O processo me deixou ainda mais apaixonada por teatro. É muito bom a troca de conhecimentos com pessoas que gostam do que fazem. Afinal, ninguém faz teatro por obrigação.
Uma visão apaixonada
Fernanda Leon é uma das mais novas integrantes da Cia Daraus de Teatro. Aluna da filial Higienópolis da Cultura Inglesa, Fernanda entrou para a Cia em setembro de 2003 e não parou mais. Encontrou, na montagem de The Tutor, um grande desafio: interpretar um homem. Mas desse desafio surgiu o prazer por atuar...
CDT: O que te atrai no trabalho da CIA?
Fernanda: Várias coisas me atraem no trabalho da Cia, como o trabalho em equipe, a sinergia do grupo, o comprometimento do diretor e dos atores e a diversão de estar no palco. Enfim, eu acho que o grupo consegue fazer de um trabalho responsável e comprometido uma tarefa muito prazerosa.
CDT: Qual sua impressão de The Tutor ao ler o texto?
Fernanda: Eu acho que é um texto inteligente, que faz críticas a sociedade do século XVIII e que podem ser mantidas nos tempos atuais. Apesar disso, trata de todas as questões na forma de uma comédia, o que diverte o expectador.
CDT: Como foi, para você, o processo de montagem?
Fernanda: Foi bem legal. A princípio parecia impossível a tarefa de montagem do espetáculo. Tínhamos que construir os personagens, encontrar suas motivações, vontades e contra-vontades, além das relações com os demais personagens. Também tivemos que nos adaptar a um texto em inglês, preparar figurinos e pensar no cenário. Foi um trabalho longo, mas bem divertido e, agora que estamos tão perto da estréia, podemos olhar para trás e perceber como conseguimos avançar nesse projeto.
CDT: O que acha do texto e da peça?
Fernanda: Eu acho o texto bem inteligente e acredito que todos nós das Cia Daraus nos empenhamos muito para que a peça fique muito legal também.
CDT: Qual (s) seu (s) personagem (s)? Qual a importância deles para o espetáculo?
Fernanda: Meu principal personagem é o Fritz. Trata-se de um menino que sai de casa para ir para faculdade, mas mantém algum contragosto com a viagem, pois deixa para trás seu amor, sua prima Güschen (Gustel como ele a chama). Ao longo da peça, ele passa por algum amadurecimento e conhece novas coisas, mas mantém intacto seu amor e convicção de se casar com a pessoa amada. A importância do Fritz na peça, entre outras, é mostrar como os fatos são subjetivos e podem ter diversas interpretações.
CDT: Como se sente nesse período próximo da estréia?
Fernanda: Eu estou ansiosa, mas feliz com a idéia de estrear na próxima sexta.
CDT: O que espera da temporada?
Fernanda: Que seja um sucesso!!
CDT: Qual sua relação com o teatro antes dessa montagem e qual agora?
Fernanda: Eu acho que aprendi muito nessa montagem. Eu tinha feito alguns cursos de teatro na adolescência, mas nunca com tanto comprometimento como agora.