segunda-feira, 25 de julho de 2011

Brecht, Weill e Surabaya

Bertolt Brecht e Kurt Weill compuseram várias músicas para teatro, para as peças , especificamente. 
Segue algumas versões da música. Aproveite, curta, conheça!


EM PORTUGUÊS



EM ALEMÃO, O ORIGINAL



EM ALEMÃO, O ORIGINAL, numa nova versão de 2006.



EM INGLÊS


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma metáfora.


Um autor escreveu apenas uma peça de teatro, a ser encenada uma única vez, e naquele que era, em sua opinião, o melhor teatro do mundo, dirigida pelo, também em sua opinião, melhor diretor do mundo e representada apenas pelos melhores atores do mundo. 

Esse autor acomodou-se, ainda antes de abertas as cortinas da noite de estréia, no local mais apropriado da galeria, invisível ao público. Lá, ele posicionou seu fuzil automático e, abertas as cortinas, pôs-se a disparar um tiro mortal na cabeça de todo espectador que, em sua opinião, risse no momento errado. 

No final do espetáculo, só restavam no teatro espectadores mortos. Durante toda a encenação, os atores e o administrador do teatro não se deixaram perturbar um só instante pelo autor obstinado e seus tiros.
Sobre o autor:
Nicolaas Thomas Bernhard nasceu em 9 de Fevereiro de 1931 na Áustria. É autor de nove romances, muitas novelas e 18 peças de teatro. Sua obra é mais influenciada pelo sentimento de ser abandonado (em sua infância e juventude) e por ter uma doença incurável.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As MedÉias da Periferia

O espetáculo "As MedÉias da Periferia". é uma livre adaptação da tragédia grega Medéia, de Eurípedes. Como declarou o espectador Vinicius Gonçalves: "Todo segmento artístico busca em essência traduzir sentimentos, situações que tenham algum recorte diferente e/ou peculiar da vida real ainda não percebido, e é justamente neste quesito que a peça ganha vida e essência, pois seleciona fragmentos da música (o espetáculo é regado de belas músicas de Chico Buarque como "A Gota D'Água", "Noite dos Mascarados", entre outras), elementos da cultura afro-brasileira, mas principalmente, consegue traduzir realidade para destilar o antagonismo de amor e ódio vivido pela protagonista Medéia, num contexto periférico." 



O resultado disso é a boa aceitação do publico. Além de excelentes comentários, as pessoas que avaliaram a apresentação em nosso blog foram amplamente generosas, assim como já tinha acontecido com o espetáculo anterior: A mandrágora.




"Hoje posso dizer com toda certeza que vocês são jovens profissionais, pois já fui em várias peças de teatro com profissionais renomados e, pra mim, estão no mesmo patamar. " relata Claudia Francisco. Ou ainda quando a atriz e professora de teatro Gabriela Sabina diz: Me emocionei, chorei e me arrepiei durante todo espetaculo. Deixo registrado que poucos espetáculos "profissionais", ou assim ditos, me tocaram de maneira tão profunda!" Quando o público sente isso a arte fala por si, sem precisar de explicações.


Mas se não bastasse tamanho reconhecimento para motivá-los a vir nos assistir ainda temos o caráter social da Cia Daraus. Aqui o trabalho é realizado com jovens moradores da periferia que tiveram a oportunidade de se expressar e entender o mundo onde vivem por meio do teatro. Característica essa bem percebida quando 0 palhaço Gelatina, ou o artista Wilson Vasconcelos esteve presente em nossa sede: "Minha reverência, respeito e admiração pela Cia. Daraus pela montagem emocionante, tão composta de talento e capacidade técnica de seus jovens integrantes quanto de verdade social, de resistência, de sorrisos e brilho nos olhos. "


Na periferia também se faz arte


Venha!






Serviço:
As MedÉias da Periferia
com a Cia Daraus Teatro


Conheça a Cia Daraus - Local: rua Bernardo Fonseca Lobo, 617 (clique aqui e veja como chegar)
Atendimento ao publico sempre às sextas-feiras, das 18h às 19h no local ou no email





Sinopse:

Medéia, a mãe, é abandonada por seu marido José, ex-jogador de futebol e viciado em drogas que resolve se casar com Glaucia, a filha do principal traficante do morro, Mencão.


A tragédia individual da protagonista torna-se coletiva e resulta de uma situação social onde sobreviver é a ordem. Neste contexto de fome e miséria, que vontades tem essa mulher de sobreviver uma vez que perde junto com o marido o único momento em que a realidade é esquecida, o leito conjugal?

Diante da dificuldade de viver a tragédia social cotidiana sem o marido, Medéia deixa-se agir pelo ciúmes e resolve vingar o seu sofrimento individual na favela onde vive.
E é este local, desmembrado em outros personagens que traz o coro grego presente também nesta releitura. O tempo todo o espetáculo dialoga com a estrutura clássica, sem deixar de trazê-la para a atualidade.





clique aqui e leia a crítica feita por um morador da Vila.
ou clique aqui para ler a crítica (a 2ª) feita por outro morador.
Clique aqui e leia o depoimento da jornalista Fernanda Nobre.




O grupo

Após 10 anos de trabalho com jovens universitários, a Cia Daraus fixa sede na periferia de São Paulo, Zona Norte.



Retratar, a partir de textos da dramaturgia universal, a realidade vivida pelos moradores das favelas de SP é o principal objetivo da nova Cia Daraus que em 2009 monta uma releitura do clássico A mandrágora de Maquiavel e em 2010 uma nova releitura de Medéia, de Euripedes.